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26 janeiro 2016

Palavras não enviadas.

 Os sorrisos sinceros que são evitados parecem já anteceder o que vai acontecer. Ser a que sempre se prepara antes de um acontecimento trágico é um dos pequenos detalhes que quero retirar da minha vida. Não aproveitar os momentos com medo de mergulhar profundamente e no fim não conseguir mais me reerguer sozinha é cansativo, confesso. Apesar de um amor intenso e de alegrias extremas eu sempre estou preparada para um recomeço. Entretanto, meu bem, não quero me desapegar mais uma vez. Nunca senti algo assim, como sinto agora olhando para você. Meu corpo pede um pequeno gesto do seu toda vez que nossos olhares cruzam. Sei que é real. Sinto isso. Aliás, temo que o desvio para algo eterno seja eu, mesmo que eu, aqui dentro, já saiba disso.
  Nossos lábios se tocam, suas mãos acariciam meu corpo com desejo. E,então, já não tenho mais dúvidas de nada ao senti-lo fazer isso em mim. Mas, querido, quando você se vai eu sinto as pequenas faíscas sumirem de dentro de mim. As sensações que tenho desaparecem ao ver você longe. O medo ataca. Sinto os caminhos se separarem. E sua vida segue por outros obstáculos. E o meu preparo para um próximo desapego aparece. 
 Meu lema de nunca sentir dor parece não servir quando relacionado a nós dois. Contudo, peço-te: Tire isso de mim. Tire o medo, o preparo do desapego, o pensamento negativo de que nada irá dar certo. Posso não ser fácil, mas, meu amor, não desiste de mim. 

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