Menu

29 junho 2016

Acabou, mas nem começou.


I don't know what this is gonna go but in this moment all I know...


Acabou. Talvez essa seja a palavra que exprime este nosso momento. Já tentei escrever diversas vezes, porém sempre apago depois. Não sei se isso é bom, ou se realmente devo continuar com a ideia de tocar nesse assunto mais uma vez. Ambos não nos importamos com isso ou sequer usamos nossos mínimos esforços para isso não acontecer. Mas está tudo bem, não existem culpados quando se termina algo que nem começou de fato.
 Sei que esses minutos que gasto escrevendo para você podem servir para me fazer refletir no quão foi intenso tudo que aconteceu, mesmo que você não se lembre mais. E que mesmo que tenha sido com tanta intensidade, também chega ao fim. Você está tão na defensiva, e eu sei exatamente o porque. Estou aqui engolindo todo o sentimento que te demonstrei durante semanas na tentativa de não ir conversar, simplesmente por não querer estragar tudo o que passamos. Diga-me,sou louca por ter me inspirado em alguém que fez um intercâmbio na minha vida durante um mês e depois voltou ao seu devido lugar? Ou por ter tido uma vontade imensa de deitar ao seu lado até o amanhecer? E por ter sonhado todos aqueles sonhos, ter compartilhado tantas loucuras, até tido o pensamento ingênuo de nos encaixarmos na vida um do outro um dia?
 Eu tento entender você, quando disse palavras tão bonitas e no outro dia não estava mais aqui; quando eu te pedi para ficar e você não hesitou na hora, porém depois sumiu. Eu não sou igual outras. As aventuras que vivo guardo-as em cada parte da minha memória com um imenso carinho e gratidão. De fato, não querer ser superficial e fazer a diferença no mundo foi o que me trouxe até aqui, e é o que me faz compreender do porque uma aventura tão bonita pode ser breve, mas mesmo assim marcar meu coração para sempre. A minha mania de querer transbordar sentimentos e emoções, viver unicamente cada momento e arrancar uma experiência de cada passo que eu dou, fez-me perceber que aquele beijo que me fazia perder o pouco de juízo não me pertenceria. Pois eu transbordava, e você só queria se aventurar. Eu sei onde errei.
 Porém, fico feliz de saber que você está bem. Sei que anda ocupado e não quero te atrapalhar mais com tais controversas que você insiste em se preocupar . Estou orgulhosa em vê-lo crescer de longe e de ter feito parte de uma pequena porcentagem do que você está se tornando. E, bem, eu estou aqui novamente, com minhas manias bobas de escrever sobre tudo o que sinto. Pergunto-me se você já parou para se perguntar se ainda escrevo, e o que escrevi em todos os textos que dediquei para nós. Ou você, já que nunca existiu nós. Antes era agonizante pensar que você não leria tudo, mas hoje é algo que me conforta. Prefiro que não leia. Prefiro que não ache que por um momento eu quis você aqui todos os dias, e que isso durasse muito mais que um mês. Prefiro que não descubra que você não foi algo necessário pra mim, e sim algo que acrescentou o que eu já tinha. E, também, prefiro que não saiba que ainda escrevo, e que esse será o último texto de todos os rascunhos que tenho em folhas sobre o que aconteceu.
 E, por fim, está na hora de ir. Estou me afastando da cidade agora, talvez seja melhor para a vida seguir em frente. Encontrarei novos amores, novas aventuras e, ah... Como eu quero que você encontre algo que o faça arrancar suspiros assim como arranquei por você. Apenas seja feliz, e me prometa que será.  Não digo de risos momentâneos, mas sim que encontre alguém que te faça sorrir todas as vezes que te ver, assim como nós fizemos um com o outro nas poucas vezes que ficamos por aqui, sem preocupações. Não tenha medo da felicidade. Se cuida, pois estou me cuidando também.

Nenhum comentário:

Postar um comentário